CESTA BÁSICA X SALÁRIO MÍNIMO

14/05/2024 14:55:51   14/05/2024 14:56:01

Cesta Básica x salário mínimo

Em março de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 108 horas e 26 minutos, maior que o de fevereiro, de 107 horas e 38 minutos.

Já em março de 2023, a jornada média foi de 112 horas e 53 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em março de 2024, 53,29% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em fevereiro, 52,90% da renda líquida. Em março de 2023, o percentual ficou em 55,47%.

Comportamento dos preços dos produtos da cesta

• O preço do óleo de soja recuou em todas as 17 capitais entre fevereiro e março.

As retrações oscilaram entre -8,18%, em Aracaju, e -0,26%, em Recife. Em 12

meses, todas as cidades acumularam redução, com destaque para Vitória

(-2,46%), Florianópolis (-28,05%) e Campo Grande (-26,02%). Mesmo com a

demanda firme por óleo de soja, o excesso de oferta do grão fez cair as cotações na maior parte do mês. No varejo, o preço do óleo seguiu em queda.

• O preço do quilo da batata baixou em todas as capitais da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. As variações oscilaram entre -24,22%, em Campo

Grande, e -8,18%, em Vitória. Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, com destaque para Porto Alegre (72,71%), Florianópolis (72,16%), Rio de Janeiro (70,47%) e Campo Grande (63,68%). A redução pode ser explicada pelo aumento da oferta, causado pelo atraso no plantio, devido ao excesso de chuvas. Depois, com a diminuição das chuvas, houve melhora na produtividade.

• Entre fevereiro e março, o preço médio do arroz diminuiu em 13 capitais. As

variações oscilaram entre -7,20%, em Porto Alegre, e -0,15%, em Fortaleza. As

altas ocorreram em Belém (2,57%), Recife (2,33%) e Florianópolis (1,39%). Em

12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, as maiores em Goiânia

(40,46%) e São Paulo (35,50%). As cotações caíram devido ao avanço da colheita e à importação do grão, que superou as exportações.

• O valor do quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 13 cidades. As

reduções mais importantes foram registradas em João Pessoa (-5,77%), Vitória

(-2,10%), Belo Horizonte (-1,97%), Rio de Janeiro (-1,85%) e Fortaleza (-1,71%).

As altas ocorreram em Florianópolis (4,01%), Aracaju (2,33%), Natal (1,54%) e

Campo Grande (0,37%). Em 12 meses, todas as cidades pesquisadas tiveram

queda de preço, com destaque para Natal (-10,41%) e Goiânia

(-10,11%). O menor volume exportado e a maior oferta de carne explicaram a

queda no varejo.

1 Fontes de consulta: Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

 

*Reproduzido do site do DIEESE / São Paulo